O Spotify revelou recentemente que as músicas dos Beatles foram transmitidas cerca de 1,7 bilhão de vezes até o momento em 2019. Mas o que realmente impressiona nos números, é que essas transmissões vieram do público jovem, que estão na faixa dos 18 aos 24 anos.
Ou seja, o apelo musical, histórico e artístico dos Beatles continua incólume. É só observarmos outros artistas contemporâneos aos Fab Four e até mesmo outros lendários nomes da música, que, mesmo cravando seu nome na história, não alcançam a mesma performance com a sua obra disponível por meios digitais.
Para se ter um panorama do que isso significa, 20,6 milhões de usuários mensais, ou quase 10% dos 220 milhões de usuários nesse status, ouvem faixas dos Beatles. Pode colocar nessa conta, também, os usuários que utilizam o Spotify de forma gratuita.
Contudo, como sempre falo, quando acompanhamos um resultado como este, dos Beatles, em pleno século XXI, tenhamos certeza que um trabalho bem estudado de marketing foi executado, até porque, o que realmente interessa é apresentar esses trabalhos paras novas gerações para que se tenha o efeito de perpetuação da obra e de seu apelo musical. Ainda mais: para que elas tenham referência cultural.
É claro que, parte desse impacto, se devem aos relançamentos que chegaram ao mercado nos últimos meses, a exemplo dos 50 anos de Abbey Road no dia 27 de setembro.
Sempre será, de valor imensurável, que as grandes gravadoras revisitem seus arquivos e distribuam seus generosos catálogos de grandes nomes da música nacional ou internacional para as novas gerações. Do ponto de vista comercial, indubitavelmente, com um trabalho de divulgação voltado para o público jovem onde o consumo maior de música é nas plataformas digitais, pode ser uma grande vantagem. Do ponto de vista cultural, é um grande serviço em prol da cultura.
