Até hoje, ícones da música internacional rendem milhões de dólares a seus donos por direitos autorais. Do tema do musical A Noviça Rebelde, um dos mais tradicionais da Broadway, até Hey, Jude, um dos hinos dos Beatles, os detentores das cifras recebem, em média, oito dígitos (em moeda americana) por ano pelas vezes que elas são tocadas por aí. O levantamento é da Forbes.
“Os direitos autorais são responsáveis por movimentar, sim, milhões de dólares no mundo todo. No Brasil, o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), que fiscaliza esses direitos e afins no País, arrecadou só no primeiro semestre do ano passado mais de R$ 650 milhões, como eles mesmos divulgaram. Foi um crescimento de 37,9% em relação ao mesmo período de 2021”, compara o especialista em educação financeira Matheus Nogueira.
Segundo ele, a projeção mostra como é promissor investir nesse tipo de ativo como uma possibilidade para diversificar a carteira.
“No Brasil essa modalidade é pouco popular e é classificada diferentemente das tradicionais, são os chamados royalties musicais. Muita gente se atrai por isso pelo fato, justamente, de ser algo que só tem a render, variavelmente a proporção, mas nunca desvalorizar”, esclarece.
Um exemplo mais robusto (mas um pouco diferente dos royalties) recente é a transação que Gusttavo Lima fez. No ano passado, o Embaixador vendeu 192 de seus shows para um fundo de investimento de R$ 100 milhões. Na prática, isso quer dizer que ele “vendeu cotas” de participação em suas apresentações para os que fizessem parte desse aporte total.
“Esse movimento de valorização aos investimentos ligados ao entretenimento e arte mostra que precisamos ficar atentos às mudanças de comportamento do mercado buscando sempre novas formas de investir, porque uma hora ou outra o ativo pode se mostrar promissor e explodir. E é nessa hora que as carteiras têm que estar preparadas e bem montadas, porque poderão ser vendidas por muito mais do que foram compradas”, exemplifica, finalizando.