Acostumados a marcas históricas na indústria fonográfica, os Beatles conquistaram mais uma em 2024: ao serem anunciados para concorrer ao Grammy 2025, a mais recente faixa Now and Then se tornou a primeira música assistida por Inteligência Artificial (IA) a ser indicada à maior premiação da música.
Now And Then foi lançada em 2 de novembro 2023 pela Universal Music, via Apple Corps., e foi apelidada como a última música dos Beatles. A canção foi originada por uma balada que John Lennon (1940-1980) escreveu e gravou por volta de 1977 como uma demo solo que não foi acabada. E ela quase entra na famosa coletânea The Beatles Anthology de 1995, que revelou as canções Free as a Bird e Real Love.
The Beatles: o software utilizado na gravação de ‘Now and Then’
Paul McCartney se inspirou no documentário The Beatles: Get Back, do cineasta Peter Jackson, lançado em 2021 e que foi baseado em filmagens de arquivo de sessões de gravação do álbum Let It Be. McCartney e sua equipe usaram o mesmo software de edição de áudio baseado em IA que o produtor Giles Martin utilizou para desenvolver uma nova mixagem estéreo do álbum Revolver, que os Beatles lançaram em 1966.
O software em questão é baseado em IA e como algumas plataformas de videoconferência como o Zoom ou FaceTime, possui um recurso para filtrar ruídos de fundo de uma chamada. Tal tecnologia ajudou a isolar o som das fitas demo de John Lennon, gravadas nos anos 1970, para restaurar o áudio existente para uso em uma música moderna.
O resultado final surpreendeu a indústria e, principalmente, os fãs dos Beatles. Se isso vai garantir que os Fab Four, em pleno século XXI possam conquistar o Grammy com concorrentes de peso contemporâneos como Billie Eilish e Kendrick Lamar, não sabemos. Mas será que esses mesmos artistas, gigantes no atual cenário da música pop, conseguem bater de frente com o mais famoso quarteto da história?
Atualmente, Now and Then conta com mais de 78 milhões de streams nas plataformas digitais.