O cantor Emicida anunciou na última terça-feira (30), a AmarElo – A Gira Final, turnê de despedida do álbum que começará em março e é fruto de uma parceria da Laboratório Fantasma com a LiveNation.
Ao todo, doze cidades receberão a turnê. São elas: Belo Horizonte (9 de março); Porto Alegre (06 de abril); Brasília (12 de abril); Goiânia (13 de abril); Olinda (26 de abril); Salvador (11 de maio); Rio de Janeiro (18 de maio); São Paulo (25 de maio); Florianópolis (21 de junho); Curitiba (22 de junho); Manaus (28 de junho) e Belém (30 de junho).

Foto: Diego Branco / @helmetinthebush
A primeira música de AmarElo, Principia, abre os caminhos com o agogô – um instrumento do candomblé – regendo a sonoridade da faixa, além de incluir a participação das Pastoras do Rosário e do Pastor Henrique Vieira. “Ela tem uma coisa especial de sincretismo, que é uma característica da negritude do Sudeste, principalmente de São Paulo”, afirma Emicida. Agora, para encerrar a jornada do trabalho, o artista também recorreu a referências ligadas à religiosidade.
Gira é o nome dado aos rituais coletivos de religiões de matrizes africanas, nos quais são praticados cantos, danças e rezas que estabelecem um momento de conexão com as entidades espirituais. Daí, surgiu o nome da tour: AmarElo – A Gira Final. “Por todos os lugares do mundo que passamos com esse espetáculo, as pessoas alcançaram um tipo de transcendência muito bonita. Eu me emocionei em todos eles. Componho sonhando com coisas que eu gostaria de ver no mundo e, quando essa sinergia acontece, sinto que as pessoas me dizem que querem ser parte deste sonho também. E são mesmo”, compartilha Emicida.
Ao longo da turnê, a experiência de AmarElo será potencializada por elementos visuais (como uma cenografia imersiva), participações especiais, entre outras surpresas. Músicas como a faixa-título, Ismália e Ordem Natural das Coisas estarão contempladas no repertório, assim como faixas que marcaram a carreira de Emicida.
O trabalho lançado em 2019 (e eternizado em documentário da Netflix) teve as suas primeiras interpretações ao vivo no mesmo ano em que chegou ao mundo, porém precisaram ser abreviadas pela pandemia. De volta aos palcos, o repertório – um refúgio para muitos – ganhou dimensões imensuráveis. O espetáculo foi realizado 120 vezes, passou por 9 países e 55 cidades. E acabou se tornando uma espécie de culto para o público, tamanha a profundidade e intensidade da troca entre o artista e os seus fãs. Por isso, a despedida desta turnê não poderia ser como um corte seco.
