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HIP-HOP & TRAP

Emicida estreia na Globoplay como apresentador de podcast

Emicida estreia na Globoplay como apresentador de podcast
Foto: Bruno Trindade

Quem acompanha o Emicida há algum tempo, já ouviu as seguintes afirmações: “o samba é o Brasil que deu certo” e “os discos foram os meus livros de história”.

Agora, o cantor, compositor e pensador contemporâneo une estas duas ideias em um novo projeto. Trata-se do podcast Sambas Contados, uma parceria entre a Globo e o hub de entretenimento Laboratório Fantasma que chegou ao Globoplay e às plataformas de áudio nesta segunda-feira (11).

Emicida estreia na Globoplay como apresentador de podcast

Foto: Bruno Trindade

Em cada um dos 10 episódios publicados diariamente ao longo de duas semanas, de segunda a sexta-feira, o artista percorrerá a história do gênero musical, aprofundando a pluralidade de temas relacionados ao samba e seus desdobramentos nem sempre explorados.

Sobre a escolha das temáticas, Emicida explica: “Busquei por personagens dos primórdios, uma espécie de volta no tempo para explicar a raiz do samba. Teremos um registro honesto de perspectivas bastante específicas a respeito dos homenageados. Imagino que as pessoas vão gostar de saber mais sobre a religiosidade de Johnny Alf, a relevância de Dona Ivone na luta manicomial, como Adoniran e Eisner foram próximos em suas histórias ou porque os quintais sempre retornam poderosos na cultura popular brasileira, que é também nosso episódio dedicado à Tia Ciata e ao Fundo de “Quintal”

Com um formato próximo ao que fez em AmarElo, Emicida busca reverenciar os precursores do samba, a partir de menções e conexões com o gênero: desde o show em que interpretou o repertório de Clementina de Jesus, passando por sua parceria e amizade com Wilson das Neves, até o seu trabalho de estúdio mais recente – AmarElo – no qual usa o termo “neosamba” para definir a proposta de sua sonoridade.

“Em seus mais de 100 anos de história, o samba foi responsável por trazer o ponto de vista da favela e da contribuição africana para o centro do entretenimento brasileiro. Em 2023, a cultura hip hop completou 50 anos. É como se o rap pegasse o bastão do samba para dar continuidade a esse discurso”, afirma Emicida. “Qual é o tamanho do ‘obrigado’ que devemos ao samba e a todos artistas maravilhosos desse gênero? É essa pergunta que queremos responder com o podcast”, complementa.

Em Sambas Contados, Emicida passa pelo legado de Adoniran Barbosa, Leci Brandão, Dona Ivone Lara, entre outros personagens que fazem do título um rico mosaico da história “do Brasil que deu certo”.

“Ouvir um samba é sempre como voltar para casa e encontrar o doce refúgio do quintal”, finaliza o cantor.

Ouça:

Matéria escrita por

É jornalista e pesquisador musical. Cobre shows nacionais e internacionais e já entrevistou bastante gente interessante do Brasil e do mundo. Já realizou reportagens musicais na Record TV para o Domingo Espetacular e Jornal da Record. Foi vencedor do Prêmio TopBlog em 2010 e membro do Grammy Latino.

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