Nesta última Sexta-Feira (01), o festival Burning Man revelou sua temática para sua edição de 2025, “O Amanhã Hoje”. Com uma proposta de pensar em um futuro “protopico”, o festival convida seus atendentes a pensar como suas ações individuais, e seus esforços coletivos, podem moldar o futuro de uma forma positiva.
Após soltar dicas sobre qual seria o tema em seu Instagram oficial, a organização do Burning Man confirmou a temática da festa através de um post no seu blog oficial. A postagem, escrita por Stuart Mangrum, Diretor do centro filosófico do festival, explica a inspiração por trás da temática, as feiras mundiais do século passado nas quais novas invenções eram expostas.
Assim como em tais feiras, no ano de 2025 o Burning Man deseja não só mostrar sua cultura e seus avanços na área de festivais, como também quer demonstrar como o festival e seus participantes podem cooperar para a construção de um futuro melhor para o planeta. “O Burning Man enfaticamente não é uma sociedade Utópica, e nunca pretendeu ser. Mas é um movimento cultural influente e um movimento social com oportunidades únicas para propor novas soluções”, escreve Mangrum em sua publicação.
Burning Man se propõe a criar um futuro cada vez mais focado no progresso
Outro princípio que guiará a próxima edição do festival é a da Protopia. Em seu texto de anúncio, Stuart reconhece o desejo da humanidade em sempre pensar em seu futuro, seja de uma maneira esperançosa e idealista, através das utopias, ou de uma forma temerosa e niilista, através das distopias.
O diretor reconhece que a dificuldade de crer em utopías nos dias atuais, mas também clama pela luta contra os futuros distópicos. Como solução para esse paradoxo, o Burning Man adotou a filosofia da protopía, conceito criado pelo escritor e futurista Kevin Kelly, um participante de longa data do festival.
O protopísmo se propõe em imaginar não um futuro perfeito, mas sim um baseado no progresso constante. Talvez não um sem problemas, mas um definitivamente melhor que os dias atuais. “Esse ano, o evento da cidade de Black Rock pretende reacender o espírito esperançoso das feiras mundiais, abastecido, neste caso, não pelo consumerismo, mas no interesse mutuo de aprender um com outro e em avançar o nosso progresso coletivo em prol de um futuro melhor” escreve Magrum.
Ele finaliza com um chamado à ação, dizendo “Quando você imagina o futuro, qual o seu lugar nele? Como você vai ser lembrado? Como herói ou como vítima? Qualquer futuro que imaginarmos, não será algo que acontecerá conosco, mas sim algo que teremos que fazer que aconteça”.
