Conforme o colunista Daniel Nascimento, do portal O Dia, A influenciadora digital Gabriela Sayago, conhecida nas redes sociais por suas publicações sobre psicologia e autoconhecimento, está no centro de uma polêmica que abalou sua credibilidade como profissional.
Gabriela, que conta com mais de 70 mil seguidores no Instagram e usava sua plataforma para “ajudar pessoas a se ajudarem“, teve seu registro de psicóloga cancelado pelo Conselho Regional de Psicologia de São Paulo (CRP-SP) depois que inconsistências em seu diploma foram detectadas. A repercussão foi rápida e trouxe à tona debates sobre o impacto de informações sem embasamento profissional nas redes sociais.
O ponto inicial da controvérsia foi a verificação do diploma de Gabriela Sayago, que, segundo o CRP-SP, apresentava irregularidades. O documento teria sido emitido pela instituição Funorte, de Montes Claros, Minas Gerais, em 2023.
No entanto, a Funorte esclareceu, em nota oficial, que Gabriela nunca foi aluna e que o diploma apresentado é falso. Com isso, o CRP-SP tomou a decisão de anular o registro profissional da influenciadora, declarando que ela não possui a formação necessária para atuar como psicóloga.
Mesmo após a anulação, Gabriela permanece ativa nas redes sociais, onde continua promovendo conteúdos voltados ao autoconhecimento, autoestima e fortalecimento pessoal. Em suas publicações, a influenciadora destaca que seu trabalho é baseado em “técnicas que auxiliam no reforço dos pontos positivos” de seus seguidores.
Esse posicionamento, no entanto, gerou ainda mais críticas e levantou questionamentos sobre o papel dos conselhos profissionais em fiscalizar práticas nas mídias digitais.
Gabriela Sayago: Discussão sobre ética no Meio Digital
A revelação do diploma falso rapidamente dividiu a opinião dos internautas. Muitos questionaram a ética de influenciadores que assumem funções profissionais sem a devida formação e certificação, enquanto outros apontaram que essa prática é cada vez mais comum em redes sociais. “É só não estudar daí vira influencer”, comentou um usuário em uma das postagens sobre o caso.
Outros ainda criticaram o culto a personalidades online que, em alguns casos, promovem conteúdos sem qualquer base profissional sólida. “O que mais tem nessas redes sociais são pessoas que se dizem uma coisa e não são“, destacou um internauta, em tom de alerta.
Os seguidores de Gabriela também se mostraram divididos. Alguns ainda apoiam a influenciadora, afirmando que seu conteúdo traz mensagens positivas e úteis, enquanto outros enxergam a situação como um alerta sobre a responsabilidade do que é compartilhado online.
Este episódio reacendeu a discussão sobre o papel de influenciadores em campos que exigem certificação, como saúde mental e psicologia, e o impacto de seus conteúdos na vida de seguidores que buscam orientação.
Em meio à polêmica, Gabriela não comentou oficialmente sobre a anulação de seu registro, mas segue com suas atividades. Esse caso exemplifica a importância de validar as informações de profissionais que utilizam as redes para oferecer serviços ou conselhos especializados e reforça a necessidade de fiscalização ativa nos espaços digitais.
Djenifer Henz – Supervisionada por Marcelo de Assis