O clássico What a Wonderful World, um dos grandes êxitos do lendário Louis Armstrong (1901-1971), acaba de conquistar uma certificação de multi-platina (5X) nos EUA através da RIAA, correspondendo às vendas superiores a 5 milhões de cópias desde o seu lançamento original em 1967.
Para coincidir com este momento marcante, a Universal Music, através da Verve Records, está lançando o clipe oficial da faixa.

Foto: Creative Commons
What A Wonderful World, single que foi imortalizado no Hall da Fama do Grammy em 1999, está entre os standards mais apreciados na história do jazz. E não foi apenas nos EUA que esta canção conquistou várias certificações: o mesmo efeito ocorreu em outros países como a Dinamarca, Itália, França, Espanha e no Reino Unido.
A nova certificação múltipla de platina concedida pela RIAA foi aceita pelo colega trompetista Wynton Marsalis, atual presidente da Louis Armstrong Educational Foundation, em nome dos representantes legais do lendário artista.
No dia 12 de julho de 2024, será lançado o inédito registro Louis In London, gravado ao vivo pela BBC em 2 de julho de 1968 que contará com 13 canções, sendo 6 inéditas: What A Wonderful World, (Back Home Again)In Indiana, You’ll Never Walk Alone, Ole Miss, Blueberry Hill e Hello ,Dolly!.
Louis In London estará disponível globalmente pela Universal Music, via Verve Records, nos formatos CD, vinil standard, vinil azul, acompanhados de encarte exclusivo do biógrafo Ricky Riccardi.
O nascimento do jazz em New Orleans
O jazz é um estilo musical que se originou nos Estados Unidos, mais precisamente na região de New Orleans, no final do século XIX e início do século XX. Com raízes profundas na cultura afro-americana, o jazz é conhecido por seu ritmo não linear e pela improvisação, que é uma de suas características mais distintas.
A história gênero é marcada pela mistura de culturas, melodias e ritmos. Após a abolição da escravidão nos EUA em 1863, os afro-americanos começaram a se aproximar dos instrumentos ocidentais, dando origem a uma fusão cultural que eventualmente levou ao nascimento do jazz. O bairro de Storyville, em New Orleans, foi um dos locais onde essa efervescência sonora ganhou corpo, em bares conhecidos como Honky Tonks.
Com o tempo, o jazz evoluiu e deu origem a muitos subgêneros, como o swing, bebop, hard bop, cool jazz e soul jazz, entre outros. Nomes como Louis Armstrong, Chet Baker, Billie Holiday, Ella Fitzgerald, Charlie Parker e Dizzy Gillespie são apenas alguns dos nomes importantes que ajudaram a moldar e a difundir o jazz pelo mundo.
Zudizilla, destaque na nova vanguarda do jazz brasileiro, traz sua observação sobre o lendário gênero musical no século 21: “O jazz depende muito da boa vontade do ouvinte porque ele não é feito pra ele: é música pra música e isso dificulta um pouco nesse momento onde o produto música nos é ofertado, algumas vezes até em excesso. Fora o fato de que o Brasil já tem ritmos nacionais e regionais que podem muito tranquilamente ocupar o espaço do jazz e isso é uma bela de uma dificuldade que a gente tem que ser feliz por tê-la, mas claro que isso faz com que a gente que ama e pratica a modalidade jazz às vezes precise se empenhar mais pra que ela consiga estar disponível de todos porque todo mundo merece um bom jazz pra vida e pra alma. Mas é difícil. Mas é arte”.
Nina Simone: álbum gravado ao vivo em 1966 é lançado em vinil
Como parte de uma celebração de 1 ano do aniversário de 90 anos da lendária cantora Nina Simone, a Universal Music Enterprises e a Verve Records anunciam o lançamento do álbum You’ve Got To Learn, que apresenta a incrível performance da estrela do jazz durante o icônico Newport Jazz Festival de 1966. O disco chega às plataformas digitais no dia 21 de julho.
“E agora vamos fazer um gutbucket blues”, disse Nina Simone em uma evocativa introdução falada de Blues For Mama, que integra o disco ao vivo. “É assim por causa de seu passado. Há uma velha varanda, um velho, um violão surrado e uma garrafa quebrada. Há moscas por toda parte, melaço por toda parte, e ele está compondo esta música em uma tarde quente. A letra foi escrita por Abbey Lincoln e eu escrevi a música. Vai atrair um certo tipo de mulher que teve esse tipo de experiência”, disse a cantora na época.
