Não é de hoje que a música é um grande antídoto contra as adversidades que a vida sempre nos impõe. A célebre frase de Friedrich Wilhelm Nietzche (1844-1900), que tinha como filosofia central a “afirmação da vida”, nos parece emergencial nos tempos de hoje: “Sem a música, a vida seria um erro”.
O que seria a ausência da música em tempos de pandemia?
Ao ler um interessante artigo da Reuters norte-americana, onde a música tem sido uma auxiliar nesses tempos sombrios de um inimigo invisível que nos acerca e nos fere, ainda que se ausente alguma vacina, onde muitos especialistas estão neste momento estão se desdobrando e se unindo para encontrá-la, esta arte tem encontrado um local cativo, um hospital em Nova York, para auxiliar as pessoas em tratamento.
A trilha sonora escolhida vai da esperançosa mensagem em Here Comes the Sun dos Beatles ao tema do filme Rocky. Sim, essas músicas foram selecionadas para estimular enfermeiros, médicos e equipes – a linha de frente que não pode parar.
Ainda em Nova York, uma equipe do hospital Mount Sinai, tem ouvido diariamente o single Call On Me da cantora australiana Starley. Para se ter uma ideia, quando um paciente se recupera do covid-19, entra a música – e o aplauso da equipe presente.
Em tempo: a letra da canção cai muito bem quando “você sabe que pode me chamar quando não conseguir impedir as lágrimas de caírem”.
A música vai cumprindo seu papel de nos trazer alento, força e superação. O seu papel mais conhecido é de atrair pessoas por suas afinidades culturais e estamos sabendo, neste momento, que ela tem sido vital para que busquemos inspiração para o futuro, ainda que ele se mostre incerto.
Eu mesmo tenho escutado minhas playlists para buscar inspiração: obras de Jam Hammer, Jean-Michel Jarre, Frank Zappa, Paul McCartney, Alan Parsons, são algumas que me auxiliam.
E se faz necessário parafrasear Guilherme Arantes, que já dizia em uma de suas obras-primas de que “amanhã, mais nenhum mistério, acima do ilusório, o Astro Rei vai brilhar”…
Amanhã!