O músico brasileiro Sérgio Mendes faleceu nesta sexta-feira, 06, conforme informado pelo TMZ. Ele morreu em Los Angeles, aos 83 anos.
Sérgio, brasileiro nascido em Niterói, no Rio de Janeiro, mudou-se para os Estados Unidos em 1964, logo após o golpe militar no Brasil. Em uma entrevista à revista Veja, Mendes explicou que a decisão de se mudar foi influenciada pelo nascimento de seu filho Rodrigo, ocorrido poucos dias após o golpe, em 6 de abril de 1964. Ele sentiu que a nova realidade política no Brasil tornava o ambiente incerto e optou por buscar novas oportunidades nos EUA.
Reconhecido mundialmente, Sérgio Mendes teve uma carreira de quase 60 anos e colaborou com ícones do jazz como Herb Alpert e Cannonball Adderley. Ao longo de sua trajetória, Mendes conquistou um Grammy, dois Grammys Latinos e foi indicado ao Oscar em 2012 pela canção “Real in Rio“, que fez parte da trilha sonora do filme de animação Rio.
Sua banda, Brasil ’66, desempenhou um papel crucial na popularização da bossa nova, um estilo que mistura samba com jazz. O álbum “Herb Alpert Presents Sergio Mendes & Brasil ’66 (1966)” recebeu disco de platina, e a sua versão original de ‘Mas Que Nada’ foi regravada pelos Black Eyed Peas em 2006.
Sérgio Mendes foi tema de documentário em 2020
Sérgio Mendes foi o foco do documentário de 2020 “Sérgio Mendes: No Tom da Alegria“. Ele iniciou sua carreira como pianista clássico, mas se destacou ao se dedicar ao jazz e à bossa nova. Seu álbum de estreia, “Dance Moderno”, foi lançado em 1961, e ele ganhou notoriedade ao gravar com músicos de jazz como Cannonball Adderley e Herbie Mann.
Sua versão de 1967 da canção ‘The Look of Love’, de Burt Bacharach, tornou-se mais popular do que a interpretação de Dusty Springfield, que foi apresentada no filme de James Bond Cassino Royale (1967).
A causa da morte de Sérgio não foi divulgada. Ele deixa a esposa, a cantora brasileira Gracinha Leporace, com quem era casado há 50 anos, e cinco filhos.
Fernanda Frühauf – Supervisionada por Marcelo de Assis
