Uma nova versão de um clássico da música popular brasileira, sucesso de Ary Barroso e Lamartine Babo, ganha nova versão como tema de abertura da próxima novela das seis na Rede Globo: No Rancho Fundo. A música marca ainda o encontro de gerações de duas artistas do nordeste: as cantoras Elba Ramalho e Natascha Falcão.
O anúncio, feito na coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira (1), foi feita pelo diretor artístico Allan Fiterman, que ressaltou ainda a presença de Natascha no elenco da novela.
Ao receber o convite, Elba lembrou que a música era a preferida de seu pai: “Fiquei superfeliz com o convite, primeiro porque tenho uma memória afetiva dessa canção, que eu cantava com meu pai pelas calçadas do sertão paraibano. E segundo pele encontro musical com Natascha Falcão, que é uma cantora linda de uma voz belíssima e que está explodindo no mundo. A gente fica honrado em receber os novos talentos que trazem também algo tão especial desse múltiplo nordeste que é tão expressivo culturalmente”, exalta a artista.
Natascha, que concorreu ao Grammy Latino de 2023 e integra o elenco da novela dando vida a personagem Lola, também está na trilha com a música Adeus e comemora a oportunidade: “Cantar com a Elba Ramalho é um grande aprendizado, uma emoção muito grande e uma honra dar voz, junto a ela, a o tema da novela. Ela é uma das maiores representantes da música nordestina hoje. E essa versão, que é de uma música de 1930, e que foi regravada na década de 80/90 por Chitãozinho e Xororó, agora, 35 anos depois, vem numa versão com mais cara de nordeste, trazendo essa nostalgia, esse bucolismo, esse amor pela terra. A música traz essas grandes emoções que estão tão presentes na novela”, celebra.
No Rancho Fundo será exibida a partir de 15 de abril e as tramas que envolvem dois universos fictícios: Lasca Fogo e Lapão da Beirada, ambos no sertão do Cariri. Na distante Lasca Fogo estão as famílias Leonel Limoeiro, que tem Zefa Leonel (Andrea Beltrão) como matriarca, e a de Primo Cícero Rosalino (Haroldo Guimarães). Na desenvolvida Lapão da Beirada está a maior parte dos personagens, a exemplo dos poderosos da região, como Quintino Ariosto (Eduardo Moscovis), e os egressos de Canta Pedra, cidade fictícia de Mar do Sertão, como Deodora (Debora Bloch).
Para Mario Teixeira, esses dois universos buscam, com muita leveza e humor, retratar a família brasileira: “Essa novela é um retrato do nosso Brasil, que é tão grande. E as famílias grandes no Brasil são uma característica, salvo nos grandes centros em que está diminuindo. Mas até hoje no Nordeste isso é muito comum. Essa família é um pouco a nossa casa, é o que acontece dentro da casa da gente, são os dramas, são as questões familiares que a gente tem. Ela também mostra um pouco da generosidade do nosso povo, como Zefa Leonel e seu Tico Leonel, que são os patriarcas da família, tiveram a grandeza de adotar uma série de crianças, coisa que é muito comum no Nordeste”.
E conclui: “Acho que esse elo familiar que a história tem com a realidade, tem a ver com o nosso sonho de ver as coisas dando certo, de amar, de ficar junto com os nossos familiares”.