Mais de cinco horas embalaram a multidão que acompanhou a pipoca do Alok no Barra-Ondina, em Salvador, na noite do último sábado (10). Com a avenida lotada, o artista preparou um setlist especial com clássicos do carnaval baiano, trazendo remix de Olodum, Ivete Sangalo, Bel Marques e outros. Em entrevista, pouco antes de iniciar sua apresentação, Alok brincou que gostaria de ser Bel Marques: “fiquei admirado ao vê-lo passar. Queria ser ele!“.
Em seu quinto ano no comando de um trio elétrico sem cordas ou abadás, Alok se consolida como uma das atrações mais aguardadas no maior carnaval do mundo e se mostra completamente adaptado à ocasião.
“Neste ano preparei muito mais remix de clássicos do carnaval. Normalmente eu faço cinco horas de trio e tenho uma facilidade maior do que a dos outros, porque não preciso cantar. Eu faço os remixes para os outros cantarem. Trouxe uns 20 remixes aí entre Olodum, Ivete Sangalo, Bel Marques. Acho que o ponto é sempre entender o lugar onde estou e adaptar a questão regional. Porque o set que faço no trio é diferente do set que vou fazer amanhã, depois de amanhã, cada lugar tem suas questões regionais. E isso não só no Brasil. O Brasil é um país continental, mas no mundo também rola muito isso. Então, aqui é o set que faço só para esse momento”, falou Alok.
No meio do percurso, uma surpresa. Contrariando os dizeres que amor de carnaval não dura, o repórter Murilo Motta sobe no trio e pede sua noiva Laís Amaral em casamento. O momento emocionou a todos que acompanharam o sim.
Sob o mote “Liberte o Seu Melhor“, a pipoca do Alok contou com a participação dos bailarinos Pedro Ivo (do projeto Axé) e Laiane do Carmo, ambos de Salvador , que fizeram uma performance lúdica exaltando as riquezas culturais da Bahia e conectando tradição e futuro, numa forma de reverenciar a história e lançar um olhar em direção ao que ainda está por vir.
Outra atração foi o cantor e compositor Zeeba que levantou a multidão ao som de Hear Me Now, canção sua em parceria com Alok e Bruno Martini.
Aproveitando a festividade, o artista se tornou embaixador da campanha #BlocoDoRespeito ao lado da cantora Daniela Mercury e promoveu a conscientização contra o assédio e outras formas de violência durante o carnaval. Outra ação social foi a parceria estabelecida com a ONG AXÉ (Salvador) que, via Instituto Alok, passa a ser apoiada no programa “Ser Futuristicamente Ancestral” – que vai trabalhar a influência dos costumes, moda, penteados e maquiagem enraizados na herança africana. Para isso, serão desenvolvidas oficinas pedagógicas de produção de moda e estamparia; realização de desfiles; workshops e palestras; atividades para potencializar os talentos artísticos em música e dança. Esse projeto deve atender cerca de 110 jovens entre 13 e 25 anos em situação de pobreza e exclusão social, reafirmando o compromisso de Alok com a Bahia mesmo quando não é carnaval, já que pelo menos desde 2020 o Instituto Alok vem atuando junto ao terceiro setor baiano nas áreas do empreendedorismo, tecnologia, nutrição de qualidade, saúde e medicina, educação, arte e saneamento básico. Projetos esses que representam uma melhora significativa na condição socioeconômica dos beneficiados.