O Rock in Rio 2024 foi realizado em setembro, mas é neste mês de novembro que compositores nacionais e estrangeiros recebem seus direitos autorais de execução pública pelas músicas tocadas nos palcos Mundo, Sunset, New Dance Order, Espaço Favela, Highway Stage, Supernova, além do Global Village.
Este ano, na edição comemorativa dos 40 anos do festival, o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) distribuiu mais de R$ 13 milhões em direitos autorais para aproximadamente 3.300 autores.
Com equipes a postos nos sete dias do Rock in Rio para os trabalhos de arrecadação e distribuição dos direitos autorais, o Ecad gravou 202 apresentações musicais, que tiveram um total de 3.051 músicas tocadas, sendo mais de 52% de canções do repertório nacional e mais de 36% do internacional, além de 11% de músicas ainda pendentes de identificação.
No total, foram mais de 311 horas de gravações, incluindo o evento-teste e o espetáculo musical Sonhos, Lama e Rock and Roll. Nos palcos Mundo e Sunset do Rock In Rio, o Ecad computou mais de 38 horas de gravação. Um total de 42 horas foram computadas no Espaço Favela e no New Dance Order, outras 56 horas no Supernova e Global Village, mais de 24 horas no Highway Stage, além de 11 horas do evento-teste e de três horas do espetáculo musical, que foi apresentado diariamente com o mesmo repertório.
Em todas as edições do Rock in Rio, a instituição recebe os roteiros musicais dos shows realizados no festival e também faz a gravação das músicas tocadas nos dias do evento em todos os palcos para garantir a distribuição dos valores arrecadados.
Rock In Rio recebe Selo de Reconhecimento do Ecad
Este ano, o Rock in Rio recebeu o Selo de Reconhecimento do Ecad, que certifica shows e eventos adimplentes e comprometidos com a Lei dos Direitos Autorais (9.610/98), por ter sido o primeiro festival de grande porte no país a pagar direitos autorais no Brasil.
“Temos o Rock in Rio, que é adimplente com direitos autorais há 40 anos, como um exemplo a ser seguido no Brasil. Se todos os organizadores de shows e festivais e responsáveis por espaços que tocam música adotassem esse compromisso de valorizar a classe musical, não teríamos uma inadimplência tão alta em tantos segmentos como temos no país”, analisa Isabel Amorim, superintendente do Ecad.
E complementa: “Além disso, as empresas patrocinadoras deveriam observar e exigir que eventos estejam adimplentes com direitos autorais antes de patrociná-los. Não é aceitável nos dias de hoje que empresas de renome patrocinem um evento que não pague o compositor. Convocamos os envolvidos na indústria de entretenimento no país a se unirem ao Ecad e à gestão coletiva em prol do respeito ao direito autoral”.