O Spotify, maior plataforma de streaming do mundo, não vai obrigar seus funcionários a ficarem fixos, dia após dia, no escritório. Quem vai decidir isso são eles mesmos.
Concorrentes como Amazon e Dell deixaram claro que existe uma política de retorno ao escritório em vigor, mas não é bem assim que o Spotify pensa.
Na verdade, a empresa fundada por Daniel Eik, em seu entendimento, acredita que forçar o funcionário a voltar ao escritório não seria uma ação bem vinda por ela.
Volta quem quiser!
Katarina Berg, diretora de recursos humanos do Spotify, disse em uma recente entrevista ao Racounter, que não quer tratar seus funcionários “como crianças”.
“Não se pode gastar tanto tempo contratando adultos e depois tratá-los como crianças”, explica Berg, que compreende o retorno aos escritórios pelos concorrentes, mas não encontra razão para realizar isso no Spotify.
Para ela, as empresas “estão voltando ao que conhecem. Somos uma empresa que é digital desde o seu nascimento, então por que não deveríamos dar flexibilidade e liberdade ao nosso pessoal? O trabalho não é um lugar onde você chega, é algo que você faz”, disse a executiva.
Spotify: a preocupação com a produtividade da empresa
A observação do Spotify é que a produtividade da empresa não foi afetada por ter funcionários em esquema home office. Aliás, a preocupação dos executivos da plataforma é que, se os colaboradores retornarem ao escritório da empresa, a performance deles possa entrar em declínio.
“É mais difícil e todos temos dificuldade em colaborar num ambiente virtual. Mas isso significa que começaremos a obrigar as pessoas a irem ao escritório assim que houver tendência para isso?”, questiona Katarina Berg. “As pessoas que trabalham aqui tendem a adorar música. Tentamos encontrar coisas que façam as pessoas quererem ir ao escritório em vez de forçá-las, e uma dessas coisas são salas de audição com música ao vivo”.
Contudo, o Spotify pede aos seus funcionários que compareçam, pelo menos, uma semana por ano na empresa. Berg encerra a entrevista observando que “ao termos uma semana em que pequenas equipes viajam para se reunirem, podemos energizar as pessoas e ainda assim ter um impacto baixo nas alterações climáticas. Tem funcionado muito bem”.