Nesta sexta-feira (1), o The Cure lançou Songs of a Lost World, seu primeiro novo álbum em 16 anos desde 4:13 Dream de 2008.
De acordo com a Billboard, disponível em todas as principais plataformas de streaming, este álbum marca um retorno muito aguardado pelos fãs e captura o som assustador e atmosférico que definiu a influência do The Cure na música por mais de quatro décadas.
Vale lembrar que o primeiro single, Alone, foi lançado em 23 de setembro. O vocalista Robert Smith descreveu a faixa como “a música que desbloqueou o disco”.
“Assim que gravamos essa música, eu sabia que tinha que ser a música de abertura, e senti que todo o disco entrou em foco”, disse.
“Por algum tempo, tentei encontrar a frase de abertura certa para a música certa que abriria caminho para o projeto, trabalhando no conceito de ‘estar sozinho’, sempre com a sensação incômoda de já saber qual deveria ser a frase de abertura.”, revelou.
“Assim que terminamos de gravar, lembrei-me do poema ‘Dregs’ do poeta inglês Ernest Dowson. Foi nesse momento que percebi que a música — e o álbum — tinham se tornado algo concreto.”, contou.
Produzido por Smith e Paul Corkett, que também trabalhou com a banda em Bloodflowers, Songs of a Lost World está disponível em vários formatos, incluindo LP padrão, LP duplo, vinil colorido exclusivo de loja independente, CD, CD deluxe com Blu-ray e edições digitais.
Para comemorar o lançamento do álbum, o The Cure fará seu único show programado do ano no Troxy em Londres, que será transmitido ao vivo em seu canal do YouTube sob o título “Show of a Lost World: The Cure Live at Troxy” no dia 2 de novembro. A BBC2 também transmitirá uma noite dedicada à música e ao legado do The Cure em comemoração ao lançamento do álbum, também neste sábado.
Robert Smith, do The Cure, fala que preço dinâmico de ingressos é uma “fraude”
Robert Smith, do The Cure, deu uma nova entrevista ao The Times e comentou mais sobre o modelo de preços dinâmico da Ticketmaster.
Vale destacar que nos últimos anos ele tem falado abertamente sobre as mudanças no mercado de turnês e ingressos. Segundo a Billboard, em 2023, o cantor convenceu a Ticketmaster a dar reembolsos parciais aos fãs que compraram ingressos para sua turnê Songs Of A Lost World, rebatendo as taxas “indevidamente altas“. Para sua série de datas nos Estados Unidos, a banda manteve os preços baixos para permanecerem acessíveis, com alguns custando US$ 20, porém as taxas ocasionalmente ultrapassavam o valor do ingresso.
“Fiquei chocado com o quanto de lucro é obtido [com a venda de ingressos]”, disse Smith. “Eu pensei: ‘Não precisamos ganhar todo esse dinheiro’. Minhas brigas com a gravadora têm sido sobre como podemos precificar as coisas mais baixas. A única razão pela qual você cobraria mais por um show é se estivesse preocupado que seria a última vez que conseguiria vender uma camiseta.”
“Mas se você tivesse a autoconfiança de que ainda estaria aqui em um ano, você gostaria que o show fosse ótimo para que as pessoas voltassem. Você não quer cobrar tanto quanto o mercado permite. Se as pessoas economizarem nos ingressos, elas compram cerveja ou produtos. Há boa vontade, elas voltarão na próxima vez. É uma boa vibração autorrealizável e não entendo por que mais pessoas não fazem isso.”, continuou.
“Foi fácil definir os preços dos ingressos, mas você precisa ser teimoso. Não permitimos preços dinâmicos porque é um golpe que desapareceria se cada artista dissesse: ‘Eu não quero isso!’ Mas a maioria dos artistas se esconde atrás da gerência. “Ah, nós não sabíamos”, eles dizem. Todos eles sabem. Se eles dizem que não sabem, eles são estúpidos ou estão mentindo. É apenas motivado pela ganância.”, afirmou.
Vale lembrar que o The Cure está lançando seu primeiro álbum em 16 anos, Songs Of A Lost World, no dia 1º de novembro e o LP será acompanhado por uma série de shows em Londres na semana de lançamento. A banda compartilhou duas músicas do disco até agora, Alone e A Fragile Thing.
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