Um novo recurso, chamado de Share To TikTok, foi implementado por plataformas digitais populares como o Spotify e a Apple Music, conforme relatou o Music Ally na última semana. Agora, os assinantes destas plataformas de música poderão compartilhar todo o conteúdo que envolve música, podcasts e até audiolivros.
Além disso, as pessoas poderão enviar mensagens diretas para os seus amigos e haverá links para o serviço de streaming original.
“Compartilhamento perfeito de conteúdo de serviços de streaming de música para o TikTok, desbloqueando um novo método ilimitado de expressão criativa para usuários e criadores, juntamente com a capacidade de artistas, autores e podcasters se conectarem perfeitamente com seus públicos no TikTok”, descreveu Lindsey Kelt Zikry, líder de parcerias globais de produtos do TikTok.
O novo recurso está ao lado do já existente Adicionar ao aplicativo de música.
Ole Obermann, chefe de música do TikTok, informou que o novo recurso “já foi responsável por centenas de milhões de faixas salvas e bilhões de transmissões em nossos serviços parceiros de streaming de música”.
“Já sabemos que a expressão criativa é um princípio fundamental da experiência do usuário e criador do TikTok, um princípio que também é fortemente valorizado por nossos parceiros DSP. Nossa integração ‘Share To TikTok’ permite o compartilhamento perfeito de conteúdo de serviços de streaming de música para o TikTok, desbloqueando um novo método ilimitado de expressão criativa para usuários e criadores, juntamente com a capacidade de artistas, autores e podcasters se conectarem perfeitamente com seus públicos no TikTok”, complementou Lindsey Kelt Zikry.
Obermann destaca: “O lançamento de hoje do ‘Share to TikTok’ é o exemplo mais recente do nosso compromisso contínuo em dar suporte à descoberta de música e promoção de artistas em parceria com serviços de streaming de música“.
TikTok: como a música foi impulsionada pelos vídeos curtos em 2024
“Por acaso você rolou sua página ou postou um vídeo curto sobre uma nova tendência?” – essa é a pergunta que Jaime Marconette, vice-presidente de insights de música e relações com a indústria da Luminate faz em seu texto divulgado à imprensa que foi disponibilizado no último mês.
Marconette quer dizer sobre como os vídeos curtos, compartilhados em plataformas como TikTok e Kwai, acabam colaborando para que novos sucessos musicais surjam na indústria e como a relevância destes canais têm sido determinante para que um novo sucesso encontre seu lugar entre as faixas mais ouvidas das plataformas digitais.
De acordo com uma pesquisa de consumo da Luminate Insights, a população média dos EUA passa mais tempo nestas plataformas do que em atividades tradicionais como esportes e até leitura, tornando-as num espaço digital crucial para alcançar o público – especialmente na indústria do entretenimento em um “ritmo alucinante”.
Os dados de pesquisa da Luminate reportam que o TikTok continua líder entre os assinantes que consomem música. No entanto, o YouTube Shorts está ganhando terreno rapidamente, sinalizando uma mudança na dinâmica competitiva do ecossistema de vídeos curtos.
Esta ascensão do YouTube Shorts, juntamente com a sua integração na plataforma mais ampla do YouTube, sugere que em breve poderá rivalizar de forma acirrada com o TikTok no que se diz respeito sobre envolvimento e influência do utilizador.
É claro que nem todo o público é ávido por acessar plataformas de vídeos curtos de uma forma homogênea entender como essas diferenças pode auxiliar a impulsionar os esforços de marketing dessas marcas.
No relatório musical semestral de 2024 da Luminate, é observado como os mecanismos de vídeo curto permitem que os próprios usuários se tornem “parte do show”, e diferentes públicos se envolvem de maneiras diferentes.
Um exemplo disso é como os fãs de J-Pop e K-Pop se comportam nessas plataformas: 59% deles têm mais probabilidade postar em plataformas de vídeos curtos em compactação com a média dos
assinantes deste formato que consomem música nos EUA. No caso dos amantes do hip-hop e do rap, esse número chega a 41%.
Isso indica que os artistas e profissionais de marketing direcionados a estes três gêneros musicais distintos terão que priorizar a criação de conteúdo de vídeo curto para envolver seu público e ajudar a permitir que esses fãs promovam a música dos artistas em sua rede.
Os dados da Luminate também sugerem que esses usuários de vídeos curtos não são apenas espectadores ativos, mas também consumidores de alto valor no mercado musical em geral, porque eles gastam mais em serviços de streaming e mercadorias físicas dos artistas do que a média dos streamers de música.
E um fato bem curioso: 38% desse público tem probabilidade de assistir a espetáculos ou shows ao vivo, o que destaca o potencial das plataformas de vídeos curtos, porque nesse formato serão gerados muitos fluxos de receitas digitais e as mais variadas experiências para artistas e marcas musicais.